quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Cozinho logo existo viaja: Coisas de Minas Gerais

Quem acompanha o blog pelo instagram (@cozinhologoexisto) viu que pude dar um pulinho em Minas Gerais no final de semana passado - e o famoso Mercado Central não ficou ileso, mas as coisas que compramos lá vou deixar pra mostrar em posts futuros.

Ô terra abençoada essa Minas Gerais, gente. 

Além de parte da estrada ser uma delícia (à exceção do primeiro pedágio RIO-MG e seu engarrafamento), tem tanta coisa gostosa no caminho que é difícil não querer dar uma paradinha e ir provando tudo.

Acho que da próxima vez vou correndo, daí pelo menos já alivio a consciência.

Resolvi fazer um resumo desses dias de frio, achados gastronômicos e comilança pela estrada (e em casa também).


Assim que chegamos, Dona Maria (vovó) disse que queria experimentar "o tal do pão sem glúten". Parti pro sacrifício de comprar polvilho em um mercadinho local onde, de cara, me deparei com essa sacanagem...


... paçoquita cremosa. Começou a judiação. Em exagero, em profusão. Muitas, muitas, muitas paçoquitas cremosas pra vender nesse mercado. Não sabe onde encontrar Paçoquita Cremosa? Em Minas Gerais tem, em praticamente qualquer mercado, gente. Em Conselheiro Lafaiete, encontrei no Mercado Brasil, que também tinha...



...fartura em variedade de polvilhos. Às vezes as meninas me perguntam ONDE encontrar polvilho azedo aqui no Rio de Janeiro e eu me limito a responder: super mercado. Sempre tem polvilho azedo da Yoki ou da Chinezinho, em saquinhos de meio quilo, perto das farinhas gente. Não precisa pagar mais caro em loja de produto natural, caça ele no mercado mesmo que sempre tem.

Como eu não sou besta, trouxe uns 3 diferentes mas garanti estoque extra do Amafil, que foi o que usei pra fazer pão pra vovó. Minha nutricionista - que também é mineirinha - disse que o Amafil é um dos melhores.



E eu fiz pão de chia. muita coisa gente, foram umas 6 assadeiras. Se com aquele saquinho sinvilgonha de meio quilo que a gente encontra aqui no Rio faço muitos pãezinhos, imagina com um quilo de polvilho do bom?



Fora que cozinhar em casa/assadeira/fogão de vó é outra coisa, né? Acho que esses amassadinhos dão mais sabor pra comida, tipo "panela velha é que faz comida boa"! <3


No dia seguinte, fomos ao Mercado Central e rodamos muito. Farinhas, temperos, queijos, nozes, sementes... e eu não tirei fotos, mas foi tudo maravilhoso. No fim da farrinha, pedimos chope geladíssimo (pra vó, inclusive, é melhor que remédio pro coração) e uma iguaria fina: lombo com jiló fininho, cebola roxa e pimenta biquinho. Tudo do Botiquin do Antônio/Backer. <3 Tudo sem fotos, porque a gula chegou antes do iPhone. desculpa gente, fica pra próxima. 

E os ingredientes mineirinhos? Ah, esses eu vou mostrando conforme for usando! Mas adianto que encontrei várias farinhas diferentes (todas sem glúten) e castanhas por um preço interessante. Invejei as amigas e amigos que moram em Belo Horizonte, você têm um OÁSIS de culinária interessante e muitas vezes não dão valor. Puxão de orelha dado. =D

Hora de voltar, deixei vários pães de chia congelados pra vovó - mas comecei o dia com café e esse pãozinho. Pé na estrada...



E na volta, primeira paradinha na beira da estrada, na altura de Cristiano. Uma plantação de tangerica/mexerica/mixirica/bergamota fez nossa alegria por vários dias: um saco cheio de mexericas por 7 reais, meio litro de suco fresquinho por 3. Se pudesse, bebia aquilo o dia todo. 
Estalando de gelado, docinho e eu já disse fresquinho? já? ok.


Mais pra frente, uma parada em Barbacena - minha família sempre para na Roselanche, que é um misto de restaurante/lanchonete e mercearia. Além da comida ser gostosa, tem várias delícias mineiras pra você analisar nas prateleiras - aí incluído o famoso (e indecente) rocambole de Lagoa Dourada, com muito recheio de doce de leite. 

Como já tinha rolado uma BELA visita ao mercado, nos limitamos a comprar muitos, muitos, muitos morangos fresquíssimos (que vocês já viram no post da geléia de morangos com chia):


É o tal negócio. Pra quê comprar duas bandejas, se você pode comprar DOZE. sem comentários.

Mais um pouquinho de chão e a gente chegou em Itaipava, lugar fresquinho e gostoso. Dessa vez passamos ~rapidinho~ na Vila Luiz Salvador e piramos dez minutinhos na Cerâmica Luiz Salvador (mais do que isso é PERIGOSO pro bolso), apaixonei nessas maravilhas, que fizeram sucesso no instagram: 


No mesmo lugar tem uma loja de vinhos muito charmosa chamada Don Bistrô - tem adega e restaurante. Lá compramos uns vinhos bacanas e um queijo de cabra suave com gergelim negro, que vocês já viram acompanhado de um minas padrão curado - com um fio de mel - e presunto cru nessa tábua lindinha aqui, ó:


Confissão: de-tes-to queijo de cabra. Provei um mini pedacito (porque não gosto mesmo) e assim, esse realmente é uma coisa fina, dos mais suaves, mas meu paladar fresco me disse: o gosto esquisito ainda está ali.

Mas vamos falar de coisa boa! Muitos vinhos, poucos pratos - amo lugares assim, porque sou a indecisão em pessoa lendo cardápio de restaurante. 

Pedi o Boeuf Bourguignon com espaguete de legumes. mas. que. prato. maravilhoso. Tudo lá: cogumelos, cebolas, cenouras, carne macia e desfiando no molho de vinho tinto, coroado com fitas de cenouras e abobrinhas cozidas no ponto. Se tivesse um pãozinho do lado, esse prato voltava SECO pra cozinha porque o molho estava de outro mundo. Fica a dica, hahaha!!!


No dia seguinte - domingo de Dia dos Pais, a gente lida com a lombeira da viagem, comilança e dor na coluna como pode. Se for encarando um feijão tropeiro + pimentinha como esse aí, feito com ingredientes fresquinhos de MG... melhor, né?


Gente, esse tropeiro estava tão bom que eu ignorei o arroz só pra poder repetir. e repeti. e repeti um pouquinho mais. e depois? CAPOTEI SENTADA no sofá da sala. Feijão tropeiro fitness total, queimei a largada e cheguei em primeiro na competição de quem apagava primeiro, esse aí realmente me deu energia pra ATIVIDADE. 

E acho que foi isso, gente... já andei postando receitas novas com coisas de MG, mas nos próximos posts atualizo com mais novidades dessa terrinha tão querida! <3

4 comentários:

  1. Olá Manu,

    Tudo bem?

    Li há um tempo atrás aqui que você descobriu algumas intolerâncias alimentares, entre elas ovos, leite de vaca, glúten e fermento, certo? Fiquei curiosa para saber se já está reintroduzindo alguma coisa, como andam as reações...Também tenho várias, estou tratando há alguns meses, por isso o interesse em ter uma outra visão do assunto. Obrigada!

    Um abraço ;)

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    1. Oi Thais!
      Tudo ótimo, obrigada pelo interesse. Na verdade era ovo, leite de vaca, aveia e fermentos/leveduras - o glúten entrou na dança pra ajudar a reduzir parte do meu inchaço/retenção de líquidos, mas não é uma intolerância propriamente dita.
      Estou escrevendo um post sobre isso, acredita? Mas já posso te adiantar por aqui o que tenho feito.
      Comecei a reintroduzir alguns alimentos sim. A intolerância mais severa era a leite de vaca (e derivados) e aos itens fermentados. Tomo um iogurte uma vez por semana e não tive a dor de barriga, enjôos ou mal estar que estava tendo - pra você ter uma ideia, eu tomava iogurte todos os dias de manhã e não associava o mal estar à alimentação. Com relação aos queijos - alguns me davam o mesmo mal estar que os iogurtes, coisa que só fui perceber mais tarde. Mas meu limite tem sido esse, só 1 vez por semana. Com relação a fermentados, minha tolerância a vinho é, por exemplo, 1 tacinha e meia. Beber cerveja ainda é terrível, não rola mesmo: a barriga incha na mesma hora. Sintoma parecido tenho com vinagre/mostarda em saladas, por isso dou preferência ao limão pra temperar as coisas. =( Bolos, pães e outras receitas com fermento não me causam muito desconforto, então consigo comer normalmente - sempre sem exagerar.
      Costumo comer ovo umas 2, 3 vezes por semana e a aveia não reintroduzi porque não sinto falta - geralmente como mingaus/bolos ou outras preparações feitas com quinoa em flocos mesmo.
      Mesmo ainda tendo um sintoma ou outro, minha nutricionista me disse que é importante reintroduzir esses alimentos na nossa vida. Tem intolerâncias mais e menos severas do que as outras, e como cada organismo é único, cada um reage de uma forma. =)
      E as tuas, quais são e como você está tratando?
      Beijos!

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Manu, muito obrigada por compartilhar sua experiência! Fico feliz que tudo esteja se ajeitando ;)

    As minhas são várias. Fora as que você também tem (menos aveia), tenho à soja, limão, laranja, crustáceos, morangos, amêndoas, castanha de caju, cogumelos, pimentões e aipo. A mais difícil de lidar com certeza é a soja, pois vai em muitas preparações na forma de óleo (o mais popular). Comer fora é um desafio!

    Você disse que tomava iogurte sempre, a gente demora a ouvir nosso corpo né! Mas quando começamos nos tornamos cada vez mais perceptivas também.

    Quanto às reintroduções, minha nutricionista também acha importante, mas confesso que estou postergando, porque minhas reações demoram dias pra passar, um processo lento e chato. Mas assim como você, com relação ao fermento químico que vai em bolos é tranquilo. Cerveja sem glúten também foi super tranquilo (até 2 long necks, rs!). Agora, comi um pedaço de queijo de cabra pra testar e nossa, no outro dia garganta irritada, rinite, igual me dava com queijo de vaca. Quero muito testar o de búfala! E ovo, que pra mim é leve!

    Parabéns pelo blog, simpatia e disponibilidade! Estou sempre por aqui e vou conferir o post completo quando sair ;)

    Ah, aproveito pra perguntar, você acha que se eu acrescentar biomassa no pão de chia dá certo?

    Um abraço!

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