terça-feira, 26 de agosto de 2014

Como fazer: Bolo de banana sem glúten e sem lactose (How to: Gluten and Dairy Free Banana Cake)

Essa receita saiu totalmente no improviso, depois de alguém ameaçar fazer bolo de chocolate no lanche aqui de casa. Detalhe: eu não sabia se ia dar certo, eu só sabia que tinha que agir rápido, hahaha! 
Na hora, pensei logo na misturinha que fiz pro bolo de côco com quinoa - que ficou MEGA fofinho, mesmo sem fermento - e nem conversei: a base ia ser flocos de quinoa com farinha de arroz. 

A primeira vez dessa receita rendeu uma frase engraçadíssima, acompanhada de um beicinho da minha irmã. Pedi pra ela ir me dando os ingredientes e falei: 

"- Passa a quinoa em flocos!" 

"- Mas você ME PROMETEU que o bolo ia ser gostoso!!!" 

Comecei a rir na mesma hora e a torcer pra receita ficar gostosa de verdade. Gente, eu não sabia o que estava fazendo, só queria ter a mesma sorte do dia do bolo de côco com quinoa. #aloka

Tinha banana, tinha leite de côco, tinha baunilha, tinha ovo... um bolo de banana era a escolha óbvia. E ó: deu muito certo. Minha irmã já me pediu essa receita várias vezes, mas eu tinha que ter certeza que ela funcionava de outras formas, com substituições e outros ingredientes. Vocês concordam comigo? <3 

Pois tratem de fazer esse bolinho. Ele é sucesso garantido!



Bolo de Banana sem glúten e sem lactose

1 xícara de farinha de arroz 
1/2 xícara de quinoa em flocos (pode usar aveia ou amaranto)
2 bananas nanicas
2 ovos
1/3 xícara de óleo de canola
1/2 xícara de leite vegetal (pode usar côco, amêndoas, arroz... ou ÁGUA)
1/2 xícara de açúcar demerara (ou adoçante culinário Forno e Fogão)
1 colher de chá de extrato de baunilha (opcional)
1 colher de sopa de fermento

Em uma tigela, reserve a farinha de arroz e os flocos de quinoa.
Em um liquidificador ou mixer, jogue as bananas, ovos, óleo, leite, açúcar e extrato de baunilha e bata até ficar tudo bem incorporado e não ter mais pedaço de bananas. 
Despeje esse líquido aos ingredientes secos, misture e some o fermento, misturando levemente apenas até os ingredientes ficarem incorporados.
Leve ao forno pré aquecido a 180º por +- 30, 40 minutos, ou até o bolo crescer, ficar cozido e douradinho em cima.

Detalhe: fiquei com tanto receio do bolo não dar certo que até fiz em uma forma mais "atraente" . Se não ficasse bom, pelo menos ia ficar bonito. Olha aí a primeira versão desse bolinho (flagra do instagram da minha irmã):



Gluten and Dairy Free Banana Cake

1 cup rice flour
1/2 cup flaked quinoa (you can use oat or amaranth flakes)
2 small bananas
2 eggs
1/3 cup vegetable oil (I used canola)
1/2 cup non dairy milk (you can use rice, coconut, almond... or WATER)
1/2 cup demerara sugar (or Baking Sweetener)
1 tea spoon vanilla extract (optional)
1 tbsp baking powder

In a bowl, mix rice flour and quinoa flakes.
In an electric mixer, blend the bananas, eggs, oil, milk, sugar and vanilla extract until well combined. 
Pour the liquid into the dry ingredients, mix everything and then add the baking powder, mixing the batter just until the ingredients are combined.
Bake the cake in a pre heated oven at 180º for about 30/40 minutes, or until the cake gets fluffy, cooked and golden.   





Corro, logo existo: como foi o Circuito Venus 10k - minha primeira corrida!




Tudo começou de repente. Eu já tinha pensado em ir em outras corridas, quase me inscrevi em uma mas... deixava pra depois. 

"- Ah, dessa vez eu não consigo."  
"- Essas coisas não são pra mim."
"- Vou jogar dinheiro fora e fazer vergonha." 
"- Porra, além de ter que pagar ainda tem que acordar CEDO pra passar perrengue no Aterro..." 

E um belo dia eu olhei aquela tela azulzinha do Circuito Venus 10km e decidi que FODA-SE, aquilo era pra mim sim senhoras. Estava usando um aplicativo de corrida (vou fazer um post sobre JÁ!) que estava quase chegando ao fim - a meta era correr os tais 5 km - e decidi que ia correr aquela ~provinha~.

Me inscrevi na modalidade 5km (A Venus tem a opção de você correr os 5km ou os 10km), fiz questão de dizer que ia no passinho da tartaruga - que é como eu corro - e convidei as amigas. Fiquei mega feliz quando várias disseram que iam também. E treinei...



Acho que escolhi muito bem minha primeira corrida: o Circuito Vênus é exclusivo para mulheres, então o clima já ia ser diferente. Muita fofoca, risada e o direito de ser menina: pra vocês terem uma ideia, no dia da entrega dos kits tinha espaços montados com: manicure, massagens, depilação, penteados, maquiagem, lanchinhos e tal e cousa. 

Óbvio que minha falta de paciência me impediu de encarar qualquer fila - estavam todas enormes, mas aproveitei pra encontrar com duas amigas e fofocar um pouquinho. Também aproveitei pra passear no stand da Pink Cheeks e adquirir umas coisinhas (além do Anti Shock, MARAVILHOSO):



Minha semana anterior à corrida foi incrível, em termos de corrida: comecei a correr com uma amiga e descobri o poder da risada e do bom humor durante a atividade física. É energizante, motivador e maravilhoso. Correr sozinho é bom, mas correr junto é muito legal! A Bruna me ajudou muito a conseguir fechar a meta do aplicativo com chave de ouro, e os 35 minutos de sexta-feira foram conquistados com muito suor e força de vontade. 

Voltando à Venus... peguei o kit (recheado de comidinhas, mimos e descontos em lojas parceiras), apaixonei na blusinha azul e fui embora. Acordei cedíssimo no dia seguinte - ia sair da Barra em direção ao Aterro e não importa que eu ia correr, tinha que tomar uma senhora ducha pra começar o dia SEM URUCA! 

Catei um pão de chia que minha vizinha fez pra mim (parêntesis do amor: você dá a receita e a pessoa faz pra você experimentar. insiram aqui mil coraçõezinhos, por favor), bati no mixer uma gororoba deliciosa (1/3 de banana, 4 morangos, uma mão cheia de rúcula, 2 dedinhos de suco de uva integral e água gelada pra ficar lisinho), botei tudo no carro e fui embora.

Passei pelo que me pareceu ser um motorista totalmente alcoolizado - pois além de estar dirigindo em zig zag, me fechou numa curva muito perigosa e quase bateu em outro carro depois. Pensei muito rápido, acelerei e fiz o que me pareceu ser a única coisa certa a se fazer.

Avistei um finzinho de Lei Seca - já tinham retirado o balão mas ela ainda estava rolando em direção à Linha Amarela e alertei os meninos de que POSSIVELMENTE tinha um motorista alcoolizado vindo alguns carros atrás. Ele poderia ser apenas um motorista muito ruim de roda? SIM. Ele poderia estar alcoolizado e fazer um monte de merda lá na frente? SIM. 

Pelo sim, pelo não, acho que a nossa segurança e a nossa vida não têm que ficar em dúvida. Não tem como não lembrar do que aconteceu na USP há duas semanas, em que um maratonista foi morto por um motorista bêbado, que ainda deu ré em outros corredores e feriu outras pessoas. 

Discussões jurídicas à parte, o que eu SEI é que aquela pessoa, naquele carro, quase provocou 2 acidentes graves (e sei lá quantos outros antes): quando você VÊ o negócio acontecendo ali na tua frente, não tem como não apoiar a Lei Seca. Bebeu, fumou, cheirou? Não tem que dirigir e ponto final. 

Se pararam o carro, não fiquei pra ver. Acho que Deus está no controle de todas as coisas, mas não custa fazermos a nossa parte. Tenho a CERTEZA de que não prejudiquei aquela pessoa: se ele não bebeu, bastava soprar o bafômetro e seguir o rumo dele. The end. 
  
Passado o susto, engoli o café no caminho e consegui chegar no Aterro às 07:10. A largada era às 07:30, e eu ainda estava sem número de peito, sem chip no tênis e morrendo de vontade de fazer xixi. Encontrei 2 anjos - uma corredora e o marido (que foi pra assistir). Eles me "vestiram": ela pregou meu número de peito e ele me ensinou como que colocava o chip no tênis. Na fila do banheiro, mais um anjo: uma moça dividindo papel higiênico na fila do banheiro químico. Por mais pessoas assim, viu? Na minha próxima corrida, já posso ajudar. <3 <3 <3

Fui pra largada e me recomendaram ficar mais pro final, já que meu ritmo é mais lento. Não sei se faria isso de novo, pois demorei muuuito pra começar a correr, tive que ficar desviando e com medo de esbarrar num monte de gente durante uns 10 minutos, o que é esquisito. Talvez na próxima eu fique um tiquinho mais pro meio, pra ter que desviar menos. =)

Começou a corrida, começou a brincadeira, dei graças por ter ouvido minha parceira e comprado uma viseira na sexta-feira: foi 29 reais na Adidas e ME SALVOU do sol no domingo.  

que. calor. da. porra. 

Também me senti sortuda de ter besuntado as coxas com o Redless Coat da Pink Cheeks. Meninas de coxa grossa ou gorda: a gente sabe como incomoda uma coxa roçando na outra. Como corro de sainha e ultimamente estava ficando assada, comprovei que a fórmula funciona. Vou usar na corrida e em dias de muito calor, pra bater perna - andar de vestido no calorão do Rio vai ser a prova de fogo, haha! 

Usei o Pink Stick, suei feito uma porca e o protetor ficou intacto. Achei prático um protetor com base em bastão. Minha cor é a 21km, fechou perfeito no meu tom branquelo/amarelo. Adorei e recomendo.  

Corri sozinha porque não encontrei ninguém antes da prova. 

Sobre a corrida, em si? Acho que não importa se você está correndo 5, 8, 10 ou 42km. Até a curtição da corrida chegar e seu corpo responder numa boa, você vai se perguntar "-Mas que bosta eu fui inventar? O Q Q EU TÔ FAZENDO AQUI?". Conversei com várias meninas e todas diziam a mesma coisa, o sentimento é o mesmo, mas depois passa.

E assim foi. Era muita gente, muita saia cor de rosa, uma energia boa, uns homens entrando no meio - o que considerei meio nada a ver. Um dos caras estava correndo por fora marcando o ritmo de uma garota do meu lado, daí DO NADA o sujeito invadiu a pista e foi correr do lado da menina. Juro que pensei assim: É SÉRIO ISSO? enfim, tamos aê, meio da pista, corrida feminina. 

Vida que segue, corrida que se corre. Tava cansaaada, mas resolvi que não ia andar, segurei a corridinha até o fim. Juro que já estava morta morta morta na hora de fazer a curva (BEBE VINHO NA SEXTA-FEIRA, NÊGA!!!). Eis que de repente avisto uma placa dizendo: 100 METROS. Dei até um gás pra chegar logo, acabar rápido, ah, que coisa boa, nem foi tão sofrida assim.

Cheguei mais perto da placa e li: 100 METROS PARA HIDRATAÇÃO.

UAHUAHUAHAUHAUHAUHAUHAUAHUAHUAHUAHAUHAUHAUAHUAHUA

Ainda faltava mais de um quilômetro pro fim, gente. Fiquei tão frustrada que não peguei nem o copinho de água, mesmo morrendo de calor e de sede - o calor, pras 8 da manhã, estava foda. No fim das contas, minha música parou e eu tive que correr sem som. Foi ruim mas foi bom, não sei explicar, acho que prefiro musiquinha rolando. 

E... cheguei em 32 minutos na minha primeira corrida! E a sensação de terminar algo - seja corrida, musculação, spinning é sempre a mesma: "ainda bem que eu fiz, ainda bem que eu fui". Outro dia comentei isso com a Bru: vambora, vamos fazer, vamos correr, depois você arrepende de não ter vindo, de não ter feito. A sensação de missão cumprida e bem estar depois de uma corridinha dessas é maravilhosa. 

(detalhe da mãozinha fechada com força)

Encontrei com as amigas, tiramos fotos, rimos muito, fofocamos... 

(amor das antigas. eu, Lu e Ana)

(joga a mão pro alto e se escangalha de rir da zumba! eu e Raquel)

Um dos lances da corrida é isso: não importa COMO você chega, QUANDO você chega, importa é que você foi, tentou, apareceu, viveu um pouquinho, suou um pouquinho, sofreu um pouquinho, emagreceu um pouquinho e ficou muito, muito feliz.

"Hey, look at my heart I think it's the start of something new."



E que venham outras, que agora eu viciei! <3

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Como fazer: Manteiga de Amendoim Caseira (How to: Homemade Peanut Butter)

"Paçoquita é o meu vício, meu desejo na TPM, meu alento totalmente fora de hora. É o meu docinho ~amigo~, pra momentos de tristeza alta e grana curta. É o docinho dos concurseiros." - disse a Rainha da Paçoquita.

No caso, EU. 

Confissão: só fiz essa receita porque ainda não tinha conseguido encontrar Paçoquita Cremosa aqui no Rio de Janeiro! Como vocês já viram (aqui e aqui), meus problemas se resolveram recentemente - matei a vontade de provar a versão cremosa do meu vício.

Mas... posso falar? Uma colherada da versão gordinha  é TÃO doce que chegou a travar minha boca. Sim, é gostosa e cremosa, mas é excessivamente doce. Achei mais doce que a paçoquita normal, e não me vejo fazendo receitas com ela ou usando direto justamente por isso. 

Em contrapartida, a versão caseira da manteiga de amendoim é ALGO. Sabor forte, amendoim puro, óleo e gorduras totalmente naturais - liberados pela própria leguminosa durante o processo de moagem (FALEI BONITO, VAI). 

Pasmem: nessa manteiga aqui não usei NADA além do próprio amendoim. Não usei óleos, açúcares ou adoçantes. 

Espero que antes de sucumbirem à tentação de adicionar óleos/açúcares para triturar o amendoim com mais facilidade vocês consigam presenciar a beleza que é ver o amendoim soltar o seu próprio óleo. Parece bobo, mas tenho essa coisa de observar a reação dos ingredientes. Parece tentador fazer as coisas da forma mais fácil, mas dê uma chance pro amendoim, ele tem o tempo dele...  

Se você conseguir amendoim sem casca,  comece a dar graças. É que a parte chata dessa receita é soltar as cascas do amendoim. 

Enquanto você descasca e separa os grãos, pense na vida, escute Cartola - "Preciso me Encontrar" é maravilhosa pra essa tarefa: você faz com calma e cadência e entende o significado da letra, "rir pra não chorar". Gosto de pegar vários amendoins ainda quentinhos e esfregar com as palmas das mãos, isso ajuda a soltar as casquinhas.  

É terapêutico, é delicioso. Faz, gente...



Manteiga de Amendoim

- 500g de amendoim 
- paciência (muita)

Despeje o pacote de amendoim em uma assadeira e leve ao forno a +- 180º até o amendoim ficar torradinho. Deixe os amendoins esfriarem um pouco e comece a descascá-los. É chato mas acredite: vale a pena. Em seguida, despeje os amendoins em um processador. Se o seu for pequeno, como o meu, talvez você tenha que fazer em duas etapas. 

Triture, triture e triture. O amendoim vira uma farofinha, começa a grudar nas paredes do processador : você tem que parar de bater e soltar a massinha. Nessa hora, solte a mistura das paredes e aproveite pra misturá-los. Você vai repetir esse processo algumas vezes, até que... do nada, o amendoim vai começar a soltar seu óleo miraculoso e a sua manteiga vai aparecer. É lindo, e quanto mais você bater, mais lisinha a sua manteiga vai ficar. 

- - - - - - - - - - - - - - - - 

Eu gostei muito dessa manteiga assim, "crua", sem sal, óleos ou adoçantes - mas já vi muita gente adoçando até com mel. Fica a seu critério! 

Já pensou ter uma lindeza dessas pra passar no seu pãozinho de manhã? Com uma banana, antes de correr? Com pão & banana & um Nespresso Vanilio? É pra morrer de amores <3 <3 <3



Homemade Peanut Butter

- 500g peanuts*
- patience (loads of it)

*If you can find pre roasted peeled peanuts, you're SUCH a lucky fellow. If not, go ahead and roast your peanuts in a 180º oven until they're roasted and smelling GOOD. Allow them to cool and start to peel the peanuts (it's quite boring, but have faith: it's worth the sacrifice).

Next step: transfer the roasted peeled peanuts to a food processor and start processing them. Work it, work it, work it. Scrape peanuts down from the food processor, as needed - you will have to repeat the process some times, until... peanuts start to release its marvelous oil and your peanut butter will appear! It's so lovely, and the more you process it, the smoother your butter gets. 



quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Cozinho logo existo viaja: Coisas de Minas Gerais

Quem acompanha o blog pelo instagram (@cozinhologoexisto) viu que pude dar um pulinho em Minas Gerais no final de semana passado - e o famoso Mercado Central não ficou ileso, mas as coisas que compramos lá vou deixar pra mostrar em posts futuros.

Ô terra abençoada essa Minas Gerais, gente. 

Além de parte da estrada ser uma delícia (à exceção do primeiro pedágio RIO-MG e seu engarrafamento), tem tanta coisa gostosa no caminho que é difícil não querer dar uma paradinha e ir provando tudo.

Acho que da próxima vez vou correndo, daí pelo menos já alivio a consciência.

Resolvi fazer um resumo desses dias de frio, achados gastronômicos e comilança pela estrada (e em casa também).


Assim que chegamos, Dona Maria (vovó) disse que queria experimentar "o tal do pão sem glúten". Parti pro sacrifício de comprar polvilho em um mercadinho local onde, de cara, me deparei com essa sacanagem...


... paçoquita cremosa. Começou a judiação. Em exagero, em profusão. Muitas, muitas, muitas paçoquitas cremosas pra vender nesse mercado. Não sabe onde encontrar Paçoquita Cremosa? Em Minas Gerais tem, em praticamente qualquer mercado, gente. Em Conselheiro Lafaiete, encontrei no Mercado Brasil, que também tinha...



...fartura em variedade de polvilhos. Às vezes as meninas me perguntam ONDE encontrar polvilho azedo aqui no Rio de Janeiro e eu me limito a responder: super mercado. Sempre tem polvilho azedo da Yoki ou da Chinezinho, em saquinhos de meio quilo, perto das farinhas gente. Não precisa pagar mais caro em loja de produto natural, caça ele no mercado mesmo que sempre tem.

Como eu não sou besta, trouxe uns 3 diferentes mas garanti estoque extra do Amafil, que foi o que usei pra fazer pão pra vovó. Minha nutricionista - que também é mineirinha - disse que o Amafil é um dos melhores.



E eu fiz pão de chia. muita coisa gente, foram umas 6 assadeiras. Se com aquele saquinho sinvilgonha de meio quilo que a gente encontra aqui no Rio faço muitos pãezinhos, imagina com um quilo de polvilho do bom?



Fora que cozinhar em casa/assadeira/fogão de vó é outra coisa, né? Acho que esses amassadinhos dão mais sabor pra comida, tipo "panela velha é que faz comida boa"! <3


No dia seguinte, fomos ao Mercado Central e rodamos muito. Farinhas, temperos, queijos, nozes, sementes... e eu não tirei fotos, mas foi tudo maravilhoso. No fim da farrinha, pedimos chope geladíssimo (pra vó, inclusive, é melhor que remédio pro coração) e uma iguaria fina: lombo com jiló fininho, cebola roxa e pimenta biquinho. Tudo do Botiquin do Antônio/Backer. <3 Tudo sem fotos, porque a gula chegou antes do iPhone. desculpa gente, fica pra próxima. 

E os ingredientes mineirinhos? Ah, esses eu vou mostrando conforme for usando! Mas adianto que encontrei várias farinhas diferentes (todas sem glúten) e castanhas por um preço interessante. Invejei as amigas e amigos que moram em Belo Horizonte, você têm um OÁSIS de culinária interessante e muitas vezes não dão valor. Puxão de orelha dado. =D

Hora de voltar, deixei vários pães de chia congelados pra vovó - mas comecei o dia com café e esse pãozinho. Pé na estrada...



E na volta, primeira paradinha na beira da estrada, na altura de Cristiano. Uma plantação de tangerica/mexerica/mixirica/bergamota fez nossa alegria por vários dias: um saco cheio de mexericas por 7 reais, meio litro de suco fresquinho por 3. Se pudesse, bebia aquilo o dia todo. 
Estalando de gelado, docinho e eu já disse fresquinho? já? ok.


Mais pra frente, uma parada em Barbacena - minha família sempre para na Roselanche, que é um misto de restaurante/lanchonete e mercearia. Além da comida ser gostosa, tem várias delícias mineiras pra você analisar nas prateleiras - aí incluído o famoso (e indecente) rocambole de Lagoa Dourada, com muito recheio de doce de leite. 

Como já tinha rolado uma BELA visita ao mercado, nos limitamos a comprar muitos, muitos, muitos morangos fresquíssimos (que vocês já viram no post da geléia de morangos com chia):


É o tal negócio. Pra quê comprar duas bandejas, se você pode comprar DOZE. sem comentários.

Mais um pouquinho de chão e a gente chegou em Itaipava, lugar fresquinho e gostoso. Dessa vez passamos ~rapidinho~ na Vila Luiz Salvador e piramos dez minutinhos na Cerâmica Luiz Salvador (mais do que isso é PERIGOSO pro bolso), apaixonei nessas maravilhas, que fizeram sucesso no instagram: 


No mesmo lugar tem uma loja de vinhos muito charmosa chamada Don Bistrô - tem adega e restaurante. Lá compramos uns vinhos bacanas e um queijo de cabra suave com gergelim negro, que vocês já viram acompanhado de um minas padrão curado - com um fio de mel - e presunto cru nessa tábua lindinha aqui, ó:


Confissão: de-tes-to queijo de cabra. Provei um mini pedacito (porque não gosto mesmo) e assim, esse realmente é uma coisa fina, dos mais suaves, mas meu paladar fresco me disse: o gosto esquisito ainda está ali.

Mas vamos falar de coisa boa! Muitos vinhos, poucos pratos - amo lugares assim, porque sou a indecisão em pessoa lendo cardápio de restaurante. 

Pedi o Boeuf Bourguignon com espaguete de legumes. mas. que. prato. maravilhoso. Tudo lá: cogumelos, cebolas, cenouras, carne macia e desfiando no molho de vinho tinto, coroado com fitas de cenouras e abobrinhas cozidas no ponto. Se tivesse um pãozinho do lado, esse prato voltava SECO pra cozinha porque o molho estava de outro mundo. Fica a dica, hahaha!!!


No dia seguinte - domingo de Dia dos Pais, a gente lida com a lombeira da viagem, comilança e dor na coluna como pode. Se for encarando um feijão tropeiro + pimentinha como esse aí, feito com ingredientes fresquinhos de MG... melhor, né?


Gente, esse tropeiro estava tão bom que eu ignorei o arroz só pra poder repetir. e repeti. e repeti um pouquinho mais. e depois? CAPOTEI SENTADA no sofá da sala. Feijão tropeiro fitness total, queimei a largada e cheguei em primeiro na competição de quem apagava primeiro, esse aí realmente me deu energia pra ATIVIDADE. 

E acho que foi isso, gente... já andei postando receitas novas com coisas de MG, mas nos próximos posts atualizo com mais novidades dessa terrinha tão querida! <3

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Como fazer: Geléia de morango com chia (How to: Strawberry Chia Jam)

Depois da delícia (leia-se: moleza) que foi fazer a geléia de uva com chia, fiquei tentada tentar a mesma geléia com frutinhas diferentes. Minha viagem a BH (logo conto mais detalhes) rendeu inúmeras bandejas de morangos incríveis: 



Essa baciada aí de cima era só a metade... haja barriga pra comer tanto morango! <3 Mas sendo uma das minhas frutinhas preferidas, NEM PENSAR em deixar essas lindezas estragarem. Inclusive, hoje tô pensando em fazer um suquinho de morango com maracujá antes de ir dormir... já tomaram? É incrível!

Fiz o equivalente a 6 xícaras GENEROSAS de morangos picados ao meio e consegui uma quantidade absurda de geléia. Dá pra fazer com menos - óbvio - e dessa vez, fique atenta na hora de adoçar. Morangos são azedinhos por natureza, e a geléia, sem nada, é osso duro de roer! Usei o equivalente a 1 colher de sobremesa de Adoçante Culinário Linea Sucralose (achei ele muito bom!) para cada xícara de morangos e ficou perfeita: nem muito doce, nem azedinha demais.  

Assim como na geléia de uva, não precisa colocar água: a própria fruta vai "abrindo" e liberando seu suco. Na geléia de morangos convém ficar de olho e manter o fogo beeem baixinho, pois se o fogo estiver médio/alto a fruta agarra no fundo da panela.


 

Geléia de Morangos com Chia (sem açúcar):

2 xícaras de morangos 
2 colheres de sobremesa de chia
2 colheres de sobremesa de Linea Sucralose (Forno e Fogão)

Em uma panela, leve ao fogo BAIXINHO os morangos.
Cozinhe por 5 a 10 minutos, até eles desfazerem e soltarem bastante líquido. Se quiser a geléia com pedaços, não esmague as frutas. Adicione o adoçante, prove e em seguida adicione a chia. Continue mexendo a geléia por alguns minutos até ela engrossar. Depois de fria, ela fica ainda mais consistente.
Retire do fogo e guarde em vidros esterilizados e vedados.

*Update (de post programado): usei ela no meu lanchinho de hoje, que teve iogurte lacfree e pistache picadinho <3 <3 <3: 


Deu pra ver a consistência delícia, né? <3

Strawberry Chia Seed Jam

2 cups loaded with strawberries
1,5 tbsp Baking Sweetener 
1,5 tbsp chia seeds

In a pan, cook the strawberries in a low heat, for about 5-10 minutes, until they start to break down and form a saucy consistency. Add sweetener, taste and add the chia seeds. Keep stirring the jam for a couple minutes until it thickens and reaches the desired consistency. Then, remove it from the heat and store it in a nice jar.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Como fazer: Mini Bolo de Côco e Quinoa (How to: Quinoa and Coconut Mini Cakes)

 
Então. 
Já contei pra vocês do meu amor por bolo quentinho com café

É a combinação mais comfort food, colo de vó, abraço de amiga que eu conheço. Um bolinho feito com amor cura mágoas, dissipa tristeza, aquece o coração. Todo o meu amor pra pessoas que fazem bolo: vocês tornam o mundo um lugar melhor. <3 

Por um mundo com mais café com bolo quentinho, mais domingos e menos brigas.

Essa delícia nasceu da necessidade de aproveitar parte do côco ralado que sobrou do meu leite de côco caseiro (receita aqui)! Na onda da culinária intuitiva, fui juntando ingredientes aleatórios, esqueci do fermento e o bolinho deu certo! Sinta-se livre pra colocar um tico de fermento - meu bolinho não cresceu mas ficou fofinho e gostoso. <3



Mini Bolo de Côco e Quinoa:

1 ovo
1 colher de sopa de óleo de côco
2 colheres rasas de açúcar de côco
2 colheres de sopa de côco ralado (resíduo do leite de côco)
2 colheres de sopa rasas de farinha de arroz
2 colheres de sopa rasas de flocos de quinoa

Com um batedor manual (ou colher de pau), misture o ovo, óleo, leite de côco e o açúcar de côco, até ficarem bem incorporados. Acrescente o côco ralado, a farinha de arroz e os flocos de quinoa, mexendo delicadamente apenas até incorporar os ingredientes.
Despeje uma colherada de massa em forminhas de muffin - a massa rendeu 5 bolinhos, que devem ser cozidos em forno pré aquecido a 180º por 15-20 minutos ou até ficarem douradinhos e cozidos por dentro. Com 15 minutos, meus bolinhos já estavam prontos!


 
Well, well.
I already told you about my love for warm cakes and freshly brewed coffee. 

To me, it's the ultimate comfort food. Something like your grandma lap or a hug from your bff. A cake that's made with love can mend a broken heart and comfort your sorrows. All my loving for those who bake cakes: you make this world a better place. <3

Less fight, more sundays and definitely more freshly baked cakes. 

These babies came upon my need to use the residue of my homemade coconut milk (from last recipe). I started to throw ingredients in a bowl and absolutely FORGOT the baking powder! Nevertheless, it came out fluffy and nice, but feel free to add a small amount of baking powder. <3

Quinoa and Coconut Mini Cakes:

1 egg
1 tbsp coconut oil 
2 tbsp coconut sugar (flattened level)
2 tbsp shredded coconut (i used the residue from coconut milk) 
2 tbsp rice flour (flattened level)
2 tbsp quinoa flakes

Using a fouet or a wooden spoon, stir the egg, oil, milk and sugar until well combined. Add the coconut, rice flour and quinoa flakes, stirring lightly just until the ingredients are combined. 
Pour 1 tbsp batter into 5 muffin tins and bake in a pre heated oven at 180º for about 15-20 minutes, or until golden and cooked inside. Mine were perfect with 15 minutes!